Relatório da renomada instituição financeira lembra que nível de reservatórios os voltou a recuar ao mínimo mesmo depois de dois anos de recessão econômica e governo sinaliza para alteração, já em maio, para a bandeira tarifária vermelha nível 2.
Essa dependência da matriz energética hidrológica, avalia, representa um importante gargalo da infraestrutura no país. Um sintoma disso é que o país deveria estar em uma situação mais confortável em relação aos reservatórios após dois anos de recessão econômica.
O economista aponta que o nível de armazenamento ao final de março em todo o país era de 38,8% ante um volume de 55,5% no mesmo período do ano passado.
Isso coloca próximo aos níveis mais baixos reportados na história o que acenderam o sinal de atenção.
Tanto que o governo federal vem acionando as usinas térmicas para auxiliar no atendimento da demanda.
Essa deverá ser a tendência no país ao ponto de em maio o banco acreditar que a bandeira tarifária deverá ser mudada novamente, seguindo as alterações verificadas desde março quando o país deixou a verde para amarela, em abril passou ao primeiro nível da vermelha.
“Dada a atual situação, nós acreditamos que o governo deverá mudar a bandeira em maio para vermelha estágio 2, adicionando 0,04 pontos base à inflação mensal”, aponta. A amarela adicionou 15 pontos base ao IPCA e o primeiro nível da vermelha outro 0,07 ponto base, segundo o BNP Paribas.
A elevação da probabilidade de se verificar a ocorrência de El Niño é apontada como uma saída de curto prazo para o país ter um período úmido a partir de novembro muito necessário, apesar de haver volume suficiente para atendimento da demanda este ano.
Segundo o economista, um período úmido com bastante chuva será importante para a recuperação dos reservatórios e garantir assim energia para a recuperação da economia.
De acordo com o Operador Nacional do Setor Elétrico, a situação atual dos reservatórios – em 16 de abril – por submercado estava em 41,59% no Sudeste/Centro-Oeste, em 40,47% no Sul do país, 64,78% no Norte em decorrência de quase a totalidade da UHE Tucuruí que está com 99% de armazenamento e, a situação mais complicada está no Nordeste com 22,33% em um momento onde a Energia Natural Afluente prevista para o final de abril é de 24% da média histórica ante uma previsão de crescimento da demanda em 4,9% na comparação com o mesmo mês de 2016.
Fonte: Agência Canal Energia em 17/04/2017
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